3ª etapa Grande Rota do Ceira: Serpins a Góis

 


Voltamos à localidade de Sepins para retomar a 3.ª etapa na Rua dos Moinhos, onde encontramos as marcações da Grande Rota do Vale do Ceira (GRVC).


Fortalecemos as energias com um café e um famoso Pastel
Alvites, confecionado com abóbora e noz numa casca de massa fina e estaladiça.

Situada nas margens do rio Ceira, a cerca de 9 quilómetros da vila da Lousã, a freguesia de Serpins é um dos mais antigos aglomerados populacionais do concelho. 

O acontecimento que marcou definitivamente a vida de Serpins foi o surgimento do caminho de ferro. 


O Ramal da Lousã, projetado inicialmente para servir concelhos vizinhos, chegou a Serpins numa segunda fase e proporcionou o desenvolvimento de algumas indústrias na freguesia. Atualmente aguarda pela chegada do metro.



A partir daqui o percurso já está marcado e limpo pelo Parque Patrimonial Vale do Ceira. Atravessamos a localidade, passando pela Escola e pelo Centro de Saúde, e descemos até o parque de campismo próximo ao Rio Ceira.

Seguimos conjuntamente com o PR 10, da Senhora da Graça à Epigenia do Ceira. 


Após algumas casas, o percurso segue por um caminho de terra e pelo Sobreiral, com belos exemplares de sobreiros — uma relíquia. 



Entramos na Quinta da Maria Mendes, com um interessante conjunto de habitações, algumas em processo de recuperação.

Não atravessamos a ponte e seguimos em direção à Ribeira Fundeira, onde há algumas casas de alojamento local.



Chegamos à Epigenia do Ceira (garganta), é um local de inegável beleza, as suas águas cristalinas fazem concorrência ao espetacular efeito de estreitamento que o canhão quartzítico provoca. 



Este vale foi originado pelo curso de água do rio Ceira, cujo percurso iniciou-se através de formação de cobertura, facilmente erodível, mas que, ao atingir formações subjacentes, mais antigas e mais duras, continuou a erodi-las e a encaixar-se nas mesmas.



 O canhão quartzítico da Senhora da Candosa, com cerca de 100 metros de profundidade, rasgado pelas águas do rio Ceira é um dos mais belos e interessantes locais do percurso do rio Ceira. 


Relativamente inexplorado, é um dos pontos de interesse da Freguesia de Serpins, mas cujos acessos em terra batida levam a que apenas os mais conhecedores o visitem com frequência. 




Junto a este local existe um estranho túnel, talvez com uma dezena de metros de profundidade, que fazia parte do projeto de uma ligação ferroviária entre a Lousã e Arganil, mas que nunca viu a luz ao fundo.



Optámos por entrar no túnel e escalar a parede com a ajuda de uma corda, encontrando o trilho mais acima. No entanto, não é recomendável fazer essa parte do percurso, pois requer alguma habilidade e destreza técnica, sendo recomendável seguir as marcações.

 

Na margem oposta pode-se ver a Capela e Miradouro da Nossa Sra. da Candosa, construída no topo da garganta rochosa, com os seus recentes passadiços.


O caminho segue entre acácias e eucaliptos, passando por Passô e depois por Juncal. 




Continuamos por caminhos agrícolas e entramos na Várzea Pequena, onde fizemos uma parada na praia fluvial das Canaveias, em Vila Nova do Ceira.


Um local tranquilo, que permite um contacto próximo com a natureza, conhecida por suas águas calmas e cristalinas, sendo ideais para banho. 



Galardoada com “Bandeira Azul” e "Praia Acessível", possui uma extensa área relvada e com boas infraestruturas de apoio — é um lugar ideal para passar o dia em família ou com amigos.


Nós continuámos pela rota até Carvalhais e depois Inviando, por caminhos asfaltados, cujos acessos obrigam-nos a circular sem ver o rio. 


Em seguida, chegamos ao Linteiro, onde já podemos ver o rio.



 

 Esta pequena localidade do concelho de Góis é um ponto de paragem obrigatória para os viajantes que exploram a região do rio Ceira, especialmente aqueles que procuram um ambiente tranquilo e natural para relaxar e apreciar a beleza das paisagens. 

A área ao redor do rio é rica em flora e fauna e oferece inúmeras opções de atividades ao ar livre. 

É aqui que se encontra uma bonita ponte suspensa que atravessa o rio e dá acesso a um sublime bosque na outra margem.


Atravessamos a ponde sobre o Ceira, mas antes admiramos umas majestosas sequoias envoltas num bambuzal; estas grandes árvores são consideradas um verdadeiro fóssil vivo dos nossos dias. 



Após a ponte suspensa e o bosque, chegámos à Quinta do Carvão, onde entramos na EN 2 durante alguns metros.



Seguidamente cortamos para a ponte pedonal de Casalinho de Baixo, uma pequena aldeia na margem direita do Ceira. 


Passamos junto de um moinho de água construído em 1809 (Moinho de Rodízio) que possui quatro mós, com apenas uma está em funcionamento. Junto do moinho existe uma levada comunitária que abastece o moinho e a agricultura envolvente. 


Na aldeia existe um artesão, o Sr. José Cerdeira, que constrói miniaturas de alfaias agrícolas, mascaras de cortiça e muitas outras coisas.

Logo à saída da aldeia, fizemos um desvio para admirar mais um açude paradisíaco. 

Seguimos o caminho e passámos por Casalinho de Cima, onde já é possível avistar Góis e os imponentes Penedos. 


Os Penedos de Góis são um conjunto de rochas graníticas que formam um imponente maciço, que atingem os 1040 m de altura no seu ponto mais alto. 


Entramos na vila e seguimos ao longo parque ribeirinho, ao lado do rio Ceira, aproveitando para fazer uma pequena visita à bonita localidade.


Num território marcado por uma geografia própria, disposta no vale do rio Ceira e cercada por montanhas, o que proporciona uma paisagem única e impressionante. 



 Com mais de oito séculos de existência, onde perduram as heranças históricas que definem o tipo de ocupação, cujo modo de organização assume uma forte componente rural.

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4ªEtapa












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