3ª etapa Grande Rota do Ceira: Serpins a Góis
Voltamos à localidade de Sepins para retomar a 3.ª etapa na Rua dos
Moinhos, onde encontramos as marcações da Grande Rota do Vale do Ceira (GRVC).
O acontecimento que marcou definitivamente a vida de Serpins foi o
surgimento do caminho de ferro.
O Ramal da Lousã, projetado inicialmente para servir concelhos vizinhos,
chegou a Serpins numa segunda fase e proporcionou o desenvolvimento de algumas
indústrias na freguesia. Atualmente aguarda pela chegada do metro.
A partir daqui o percurso já está marcado e limpo pelo Parque Patrimonial Vale do Ceira. Atravessamos a localidade, passando pela Escola e pelo Centro de Saúde, e descemos até o parque de campismo próximo ao Rio Ceira.
Após algumas casas, o percurso segue por um caminho de terra e pelo
Sobreiral, com belos exemplares de sobreiros — uma relíquia.
Não atravessamos a ponte e seguimos em direção à Ribeira Fundeira, onde há
algumas casas de alojamento local.
Chegamos à Epigenia do Ceira (garganta), é um local de inegável beleza, as
suas águas cristalinas fazem concorrência ao espetacular efeito de estreitamento
que o canhão quartzítico provoca.
Este vale foi originado pelo curso de água do rio Ceira, cujo percurso
iniciou-se através de formação de cobertura, facilmente erodível, mas que, ao
atingir formações subjacentes, mais antigas e mais duras, continuou a erodi-las
e a encaixar-se nas mesmas.
O canhão quartzítico da Senhora da
Candosa, com cerca de 100 metros de profundidade, rasgado pelas águas do rio
Ceira é um dos mais belos e interessantes locais do percurso do rio Ceira.
Relativamente inexplorado, é um dos pontos de interesse da Freguesia de
Serpins, mas cujos acessos em terra batida levam a que apenas os mais
conhecedores o visitem com frequência.
Junto a este local existe um estranho túnel, talvez com uma dezena de metros de profundidade, que fazia parte do projeto de uma ligação ferroviária entre a Lousã e Arganil, mas que nunca viu a luz ao fundo.
Optámos por entrar no túnel e escalar a parede com a ajuda de uma corda, encontrando o trilho mais acima. No entanto, não é recomendável fazer essa parte do percurso, pois requer alguma habilidade e destreza técnica, sendo recomendável seguir as marcações.
Na margem oposta pode-se ver a Capela e Miradouro da Nossa Sra. da Candosa, construída no topo da garganta rochosa, com os seus recentes passadiços.
O caminho segue entre acácias e eucaliptos, passando por Passô e depois por
Juncal.
Um local tranquilo, que permite um contacto próximo com a natureza,
conhecida por suas águas calmas e cristalinas, sendo ideais para banho.
Esta pequena localidade do concelho de Góis é um ponto de paragem obrigatória para os viajantes que exploram a região do rio Ceira, especialmente aqueles que procuram um ambiente tranquilo e natural para relaxar e apreciar a beleza das paisagens.
É aqui
que se encontra uma bonita ponte suspensa que atravessa o rio e dá acesso a um
sublime bosque na outra margem.
Atravessamos a ponde sobre o Ceira, mas antes admiramos umas majestosas
sequoias envoltas num bambuzal; estas grandes árvores são consideradas um
verdadeiro fóssil vivo dos nossos dias.
Na aldeia existe um artesão, o Sr. José Cerdeira, que constrói miniaturas de alfaias agrícolas, mascaras de cortiça e muitas outras coisas.
Seguimos o caminho e passámos por Casalinho de Cima, onde já é possível avistar Góis e os imponentes Penedos.
Os Penedos de Góis são um conjunto de rochas graníticas que formam um imponente maciço, que atingem os 1040 m de altura no seu ponto mais alto.
Excelente descrição ....parabéns pela divulgação
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