Trilho de Palhacana - Condeixa
Descortinamos em redor várias aldeias: Arrifana, Salgueiro, Ameixeira, Sebal…
Percorrendo uma mata de eucaliptos e pinheiros,
passado por baixo do IC2, ao longo de terrenos outrora cultivados.
Entramos na localidade de Arrifana, confluente com a Rota das Carmelitas, por cima do Rio dos Mouros, que faz limite com a localidade de Salgueiro.
Na Arrifana existiram umas “termas” com propriedades para cura de doenças de pele e de estômago. Eram utilizadas pelas classes pobres que, pela sua situação económica, estariam impossibilitadas de se deslocar a outras instâncias termais.
Caminhamos por um pequeno trilho junto ao Rio dos Mouros, onde ainda se encontram algumas pedras de uma ponte romana. Atravessamos um baldio designado por Sancha, onde antigamente os rapazes costumavam jogar à bola.
Este percurso de grande beleza tem grandes potencialidades, se a vegetação for desbravada e for dada continuidade ao longo do rio, até aos passadiços que estão a ser construídos junto à cascata.
No caminho surgiram antigos tanques de pedra para dar de beber aos animais, bem como levadas de rega já abandonadas.
Passamos junto aos arcos do anfiteatro romano, que chegaram a servir de abrigo para pessoas e curral para animais, protegidos do calor e do frio durante gerações.
O restante anfiteatro está ainda soterrado,
colonizado por árvores de fruto, ervas e silvas.
Seguimos até ao largo do cruzeiro ou engenheiro Costa Alemão.
Ideal para uma paragem para a fotografia de grupo...
Caminhamos por percursos marcados com o PR1 CDN — Rota de Conímbriga, o PR2 CDN — Rota do Sicó e a GR 26 – Grande Rota Terras de Sicó.
Seguimos o PR2 e descemos até ao Rio dos Mouros, para visitar a cascata.
Na época de chuva, a cascata
deslumbra quem por lá passa, estando o seu acesso mais facilitado pela recente
escadaria.
Subimos até ao trilho inicial do PR1e continuamos por caminhos de terra, atravessando a Mata da Bufarda, ou Alfarda.
Esta mata foi um dos
motivos da permanência de variados povos (com destaque para os romanos) que
habitaram estas aprazíveis paragens, devido, sobretudo, à diversidade de animais
e plantas que abrigava, proporcionando recursos alimentares e materiais de
construção.
No caminho encontramos um antigo forno de cal, uma boa surpresa neste trilho.
Um pouco depois um antigo aqueduto romano que trazia a água do castellum de Alcabideque.
Com 3.400 metros de comprimento, o aqueduto foi construído no tempo de Augusto, e captava a água da nascente de Alcabideque.
Cruzamos o caminho de Santiago e voltamos a Condeixa-A-Velha
passando pela sua igreja matriz.
Na localidade , passando no memorial do Cais das Mós, um
antiga tradição arreigada, que consistia na exploração de
mós de calcário, constituindo até meados do século XX naquela aldeia uma atividade
dominante e de inegável peso económico.
Acompanhados pela GR26 entramos em Condeixa-A-Nova, por
detrás de uns prédios vemos a abundância de águas correntes da Ribeira de Bruscos.
Atravessamos o movimentado IC2 pela ponte pedonal e terminamos
no ponto de partida.
Trilho no Wikiloc: https://pt.wikiloc.com/trilhas-caminhada/trilho-de-palhacana-condeixa-125792787
Muito bom!
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