Trilho de Palhacana - Condeixa

 

Percurso com 11,6 km
Circular 

Iniciámos o percurso na urbanização de Palhacana, localizada em Condeixa-A-Nova, é uma das mais recentes e bem iniciadas áreas residenciais da região. Com um design moderno e arquitetura inovadora, Palhacana atrai moradores que buscam uma vida tranquila e confortável, ao mesmo tempo em que desfrutam de todas as comodidades e privacidades da cidade.


Saímos da urbanização por um trilho arborizado e chegamos a uma varanda natural com vista para a Serra de Sicó, vislumbrando ao longe o Santuário da Senhora do Círculo.

Descortinamos em redor várias aldeias: Arrifana, Salgueiro, Ameixeira, Sebal…

Percorrendo uma mata de eucaliptos e pinheiros, passado por baixo do IC2, ao longo de terrenos outrora cultivados.



Entramos na localidade de Arrifana, confluente com a Rota das Carmelitas, por cima do Rio dos Mouros, que faz limite com a localidade de Salgueiro. 


Na Arrifana existiram umas “termas” com propriedades para cura de doenças de pele e de estômago. Eram utilizadas pelas classes pobres que, pela sua situação económica, estariam impossibilitadas de se deslocar a outras instâncias termais.

Caminhamos por um pequeno trilho junto ao Rio dos Mouros, onde ainda se encontram algumas pedras de uma ponte romana. Atravessamos um baldio designado por Sancha, onde antigamente os rapazes costumavam jogar à bola.




Este percurso de grande beleza tem grandes potencialidades, se a vegetação for desbravada e for dada continuidade ao longo do rio, até aos passadiços que estão a ser construídos junto à cascata.


Avançamos por um vale com características típicas de um canhão fluviocársico, com antigos campos de cultivo e árvores de fruto, sobressaindo antigas nogueiras que as silvas já cobriram. 

No caminho surgiram antigos tanques de pedra para dar de beber aos animais, bem como levadas de rega já abandonadas.



Entramos em Condeixa-A-Velha, pela Rua da Fonte, junto dos antigos lavadouros de 1939, que já não funcionam.

Passamos junto aos arcos do anfiteatro romano, que chegaram a servir de abrigo para pessoas e curral para animais, protegidos do calor e do frio durante gerações. 



Desentulhados nas grandes intervenções da década de 1930, a sua articulação com a cidade de Conimbriga só foi devidamente estabelecida nos anos 1970, pois a estrutura ficava fora da muralha

O restante anfiteatro está ainda soterrado, colonizado por árvores de fruto, ervas e silvas.

Seguimos até ao largo do cruzeiro ou engenheiro Costa Alemão.

Ideal para uma paragem para a fotografia de grupo...


Saímos desta antiga localidade por um caminho rural, até às Ruínas de Conímbriga (classificada como Monumento Nacional, com vestígios de povoamento entre os séc. IX a.C. e o séc. VIII d. C., em particular dos povoamentos romanos a partir do séc. I a.C.). 


Passamos junto da antiga muralha e da Casa dos Repuxos, para depois contornarmos o Museu Monográfico.

Caminhamos por percursos marcados com o PR1 CDN — Rota de Conímbriga, o PR2 CDN — Rota do Sicó e a GR 26 – Grande Rota Terras de Sicó.  

Seguimos o PR2 e descemos até ao Rio dos Mouros, para visitar a cascata. 


Embora tenha chovido muito neste outono /inverno, o rio, neste local, estava seco e a bonita cascata não existe. 

Na época de chuva, a cascata deslumbra quem por lá passa, estando o seu acesso mais facilitado pela recente escadaria.

Subimos até ao trilho inicial do PR1e continuamos por caminhos de terra, atravessando a Mata da Bufarda, ou Alfarda.

 

Esta mata foi um dos motivos da permanência de variados povos (com destaque para os romanos) que habitaram estas aprazíveis paragens, devido, sobretudo, à diversidade de animais e plantas que abrigava, proporcionando recursos alimentares e materiais de construção.


Apesar de atualmente os seus maiores valores naturais se encontrarem bastante empobrecidos e ameaçados, é ainda uma das mais significativas manchas florestais da região, albergando magníficos exemplares de medronheiros, sobreiros, pinheiros-mansos e carvalhos-cerquinhos.

No caminho encontramos um antigo forno de cal, uma boa surpresa neste trilho.

Um pouco depois um antigo aqueduto romano que trazia a água do castellum de Alcabideque

Com 3.400 metros de comprimento, o aqueduto foi construído no tempo de Augusto, e captava a água da nascente de Alcabideque. 

Cruzamos o caminho de Santiago e voltamos a Condeixa-A-Velha passando pela sua igreja matriz.

Na localidade , passando no memorial do Cais das Mós, um antiga tradição arreigada, que consistia na exploração de mós de calcário, constituindo até meados do século XX naquela aldeia uma atividade dominante e de inegável peso económico.

Acompanhados pela GR26 entramos em Condeixa-A-Nova, por detrás de uns prédios vemos a abundância de águas correntes da Ribeira de Bruscos.

Atravessamos o movimentado IC2 pela ponte pedonal e terminamos no ponto de partida. 


Trilho no Wikiloc:  https://pt.wikiloc.com/trilhas-caminhada/trilho-de-palhacana-condeixa-125792787



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