Da Foz do Cobrão aos Ossos da Terra
Em boa companhia, privilegiada, na Serra das Talhadas:
- Foz do Cobrão
- Sobral Fernando
- Penedo dos Cágados
- Rio Ocreza
- Portas de Almourão
- Torre de Vigia, do
Arq. Siza Vieira
- Ferrata das Talhadas
- Cruz do Alto
- Buraca da Moura
Da Foz do Cobrão aos Ossos da Terra
Seguimos o trilho do "Migueloi" e também
iniciamos na aldeia da Foz do Cobrão.
Esta aldeia pertence ao concelho e freguesia de
Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco.
Está localizada no sopé da encosta oeste da Serra
das Talhadas, na margem esquerda do Rio Ocreza.
Foi uma das aldeias que compunham a Rede das
Aldeias de Xisto, sendo que actualmente já não faz parte da mesma, situando-se
também nas suas proximidades as Portas de Almourão, geossítio do Geoparque
Naturtejo da Meseta Meridional.
Estacionamos junto da zona de lazer/ Praia
Fluvial, onde iniciamos o trilho passando pelo Penedo dos Cágados, no meio do
Ribeiro do Cobrão.
Local muito bem cuidado, com água límpida, zonas
de lazer, relvado, e um bar de apoio que funciona durante o Verão.
Percorremos o casario de Xisto, em direção ao Café
Barateiro, onde compramos uns bolinhos típicos deliciosos.
Descemos pela estrada, passado a ponte sobre o Rio
Ocreza, onde se podem visitar alguns moinhos antigos.
Após cruzar essa ponte rodoviária, já no Concelho
de Proença-a-Nova, surge Sobral Fernando, onde se inícia o percurso Oficial PR6
- Viagem Pelos Ossos da Terra.
Uma bonita aldeia, de gente hospitaleira, com
espaços públicos muito bem cuidados, com alguma oferta de AL, num casario muito
bem preservado de jardins floridos.
Entrámos numa pequena floresta de pinhal e
eucaliptos, com boas paisagens sobre as aldeias de Foz de Cobrão e de Sobral
Fernando, separadas pelo Rio Ocreza, compõem o cenário até ao miradouro de
Albarda, onde dispõe de pontos de observação.
Os afloramentos rochosos do Rio Ocreza
Impressionam os visitantes, em especial, nas Portas do Vale de Almourão, reduto
de natureza selvagem, e que é um dos Geomonumentos do Geopark Naturtejo.
Ainda vão aparecendo vestígios do cultivo de
oliveira nos socalcos da Serra das Talhadas; embora rareiem, ainda se consegue
encontrar alguns hectares de olival nestas paragens.
Perto de Carregais, para onde segue e termina o
PR2, os dois percursos separam-se.
Viramos à esquerda pelo caminho que rasga a
floresta extensa, em direcção ao cume da serra.
A crista quartzítica de grandes dimensões esconde
a misteriosa Buraca da Moura e alimenta lendas ancestrais.
E assim chegámos até ao ponto mais elevado desta
serra, com algumas atracções: a torre de Vigia, obra do Arquitecto Álvaro Siza
Vieira; a Ferrata da Serra das Talhadas, a Rampa de lançamento de Parapente; e
Pistas de BTT.
Existe um pequeno parque, com algumas mesas -
lugar ideal para a pausa de almoço.
No sopé da Torre, existe também a Cruz do Alto,
monumento ali colocado em 1946.
Do cimo da torre, o olhar alcança 360° de uma
paisagem magnífica, com vista sobre várias povoações....ao longe conseguimos
vislumbrar a cidade de Castelo Branco.
De regresso à crista quarzítica, retomámos o
trilho que circunda a Buraca da Moura, com algumas vias de escalada.
Ao descer, depara-se, à direita, com a aldeia de
Rabacinas e os seus pomares de citrinos.
Mais à frente, no final do contorno da serra,
encontramos outro lugar encantado: o Escorregador da Moura.
A partir daqui, o trajecto é mais plano, ajudado
pela sombra do arvoredo.
Não fizemos o último "desvio", para
visitar a Gruta da Penha, fica para outro dia.
Retornamos pelo percurso inicial, voltando à Aldeia de Sobral Fernando, descendo até ao acude do Ocreza, e subindo de novo até Foz do Cobrão.
Um excelente percurso que vale a pena voltar...
(In Migueloi e PR6 CM de Proença-a-Nova)
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