PR16- SEI/ ROTA DO RIO SEIA

 


A rota é um percurso linear acessível a peões e ciclistas, com o intuito de promover a valorização do património e da biodiversidade no vale do rio Seia. 

O trilho estende-se entre Seia e Vila Verde, com o ponto de partida no centro de Seia, mais precisamente na Porta da Estrela (N 40° 25’ 02.02” / W 7° 42’ 23.38”). 


Para facilitar o estacionamento, optamos por iniciar a nossa caminhada no parque junto aos bombeiros, percorrendo algumas ruas de Seia até encontrarmos as marcações do PR16-SEI. 

No entanto, não conseguimos localizar o ponto de início na Porta da Estrela, pois a área envolvente está em obras e desprovida de indicações do PR. 

 


Ao deixarmos Seia, está uma placa informativa de distâncias e localidades, entrando no trajeto marcado, por áreas rurais em direção a Folgosa do Salvador. 


Durante a nossa jornada, atravessamos a pitoresca localidade de Santiago e subimos até ao mirante que oferece uma vista deslumbrante. 


Essa aldeia caracteriza-se pelo seu notável património cultural, profundamente associado à sua antiguidade, com diversas casas senhoriais e capelas, sendo também o local de nascimento do estadista Afonso Costa. 

 

Continuamos em direção a Folgosa do Salvador, onde optamos por fazer um desvio para visitar a capela de São Marcos. Trata-se de uma povoação antiga com registos no "Cadastro da População do Reino", ordenado por D. João III em 1527. 

 



Prosseguindo na nossa jornada, cruzamos o Rio Seia pela bela Ponte Filipina, também conhecida como Ponte Romana, que teria sido parte da via que ligava Viseu à Civitas Sena, localizada na atual povoação de Nogueira.



Após cruzar o rio, seguimos em direção a Sameice, onde uma derivação nos leva ao Centro BTT de Seia e à aldeia de Santa Comba. 

O trajeto ao longo do rio é refrescante, com passadiços que facilitam a travessia. 


Durante o percurso, é possível observar algumas várzeas usadas para pastoreio. 

A rota assenta, sobretudo, em caminhos já existentes, interligando canadas e caminhos tradicionais. 

Onde tal não foi possível, foram construídos pequenos trechos de passadiços para tornar o circuito mais acessível. 


Seguindo ao longo do rio, nos deparamos com alguns açudes, como o do Pombal. 

Continuamos por caminhos rurais ladeados por árvores carregadas de frutos de outono. 

Finalmente, chegamos a Sameice, uma antiga localidade de origem árabe. O substantivo "sahar" foi associado a "maysan", que significa "Estrela da Manhã". Após influências latinas, o vocábulo passou a ser conhecido como "Sameyze". 

Enquanto exploramos as suas ruas, encontramos solares, capelas e a Igreja Matriz, cujo padroeiro é São Martinho, construída em 1799. 

O calor leva-nos a fazer uma pausa no Café Bairro Novo para um “refresco”.

De Sameice, o trilho desce até a Ponte do Pereiro, onde uma nova derivação nos leva à vertente norte do vale. 

Continuamos em direção ao Poço dos Búzios por um breve trecho de estrada asfaltada, seguido por um caminho que nos conduz ao baloiço “Esfarrapa Cus”.


 

O percurso desce até o rio por um antigo caminho, cujas lajes lembram as estradas romanas. 

Chegamos ao rio perto da localidade de Pereiro, onde o seu curso flui num desfiladeiro, cercado por afloramentos graníticos, formando um dos cenários mais emblemáticos da rota. 

Durante o trajeto, passamos por construções antigas, possivelmente antigas fábricas de lanifícios, até chegarmos ao Açude do Pífaro. 

 

Após apreciar o belo açude, visitamos os moinhos do Patuleia, atualmente em ruínas e continuamos a nossa jornada em direção a Vila Verde, cuja história remonta a 1527. 

Entramos nesta localidade, conhecida por Terra de Samarreiros, devido à presença de muitos habitantes que eram negociantes de peles e curtumes. 

Decidimos fazer uma breve pausa para nos refrescar no Café Figueiras, encerrando a nossa caminhada no final da rua, próximo à capela e à estátua do Velho Samarreiro. 

 

O regresso ao ponto de partida (Seia) foi efetuado por "táxi” recomendado no café.


Distância percorrida: 17,58 km

Trilho no Wikiloc.


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