Iniciamos o percurso de inauguração da Grande Rota Vale do Ceira, na
localidade de Malhada Chã, precisamente na Quinta do Valeiro, tendo sido
guiados pelas simpáticas Beatriz e Cátia Lucas, da Lousitânia.
Este percurso foi
efetuado no sentido da nascente para a foz, contrariando o sentido que temos
feito nos outros percursos da rota.
A Malhada Chã fica situada a 841m de
altitude, sendo a localidade mais alta do concelho de Arganil.
No início do trilho conseguimos
ver alguns currais de animais, eiras e pequenas zonas cultivadas.
O percurso
segue junto ao rio Ceira, junto da levada, até à aldeia de Malhada Chã,
passando pelo moinho do Turgalão que servia a comunidade.
A rota volta à localidade de Malhada Chã, percorrendo algumas ruas e conversando com alguns habitantes locais, onde fizemos uma breve paragem no café na aldeia.
Mais adiante foi possível observar
uma “formação” de xisto, com uma configuração pouco habitual, designada pelos
habitantes por Penedo.
Embora pareça ter sido esculpida pelo homem, a sua
origem indica ser natural – após uma observação
geológica cuidada.
Continuamos por bonitos trilhos, com algumas
colmeias ainda em atividade.
O caminho segue pelo Pontão do Seladinho, onde o
rio faz fronteira entre os concelhos de Arganil e Pampilhosa da Serra.
Pela
beira rio encontramos de forma constante bonitas cascatas e muros cujas pedras
são colocadas inclinadas na vertical.
A verticalidade destas pedras e a sua inclinação obedecendo às correntes do rio, vai evitar o seu desmoronamento em casos de cheias e aumento do caudal.
A rota atravessa uma fantástica zona de castanheiros
centenários e linhas de água, onde iniciamos a subida até Covanca.
Já no interior desta aldeia
encontrámos o Sr. Hermínio que fez muito gosto em mostrar o alambique e
oferecer uma aguardente, que amavelmente recusamos - o dia prometia ser longo.
Após mais uma subida
acentuada, continuamos pela estrada em direção a Ceiroco.
Depois cortamos por
um trilho conjunto ao BTT, com uma forte descida, com cascalho de xisto solto,
por entre uma ténue mata de pinheiros, que coloca à prova as nossas
articulações.
Chegamos ao vale, onde passa uma ribeira entre os campos outrora
cultivados pelos habitantes de Ceiroco. É uma das pequenas povoações da
freguesia de Fajão, situada num pequeno outeiro, onde as altas montanhas se
apresentam de forma suave e selvagem.
As suas habitações de xisto levam a que
seja apelidada de” Piodão das Serras da Pampilhosa”.
Paramos no centro da
aldeia onde está em (re)construção uma zona de merendas com piscina, ideal para
almoçar.
Por aqui passam vários PR, como o do Túnel da Malhada do Rei.
Vamos
junto à Ribeira do Ceiroco, onde se junta a água do túnel que vem da barragem
do Alto Ceira, que entra novamente num túnel até à Malhada do Rei.
Mais à
frente encontramos o Canal de Adução do Ceiroco que nos acompanha durante
alguns quilómetros.
Este canal aproveita o caudal das linhas de água da Serra
da Silva, encaminhando-se a partir deste local pelo túnel que faz chegar a água
à albufeira de Santa Luzia.
Ao longo do Canal de Adução de Ceiroco, proliferam
nas escombreiras e nas bermas aglomerados de Acacia dealbata.
Depois descemos
até uma linha de água, formando uma pequena cascata, envolta com um bonito bosque.
O percurso terminou em Ponte de
Fajão, onde reencontramos o rio Ceira.
A localidade está envolta por férteis terras de cultivo, bordejando o rio, que ali descreve uma graciosa curva de 180 graus, rodeado de bonitas serranias...
Excelente reportagem de um dia magnífico......
ResponderEliminarMuito obrigado