PR em redor do Luso -Bussaco
A Pequena
Rota em redor do Luso -Bussaco é um percurso
pedonal circular que explora alguns dos segredos menos conhecidos das paisagens em redor do Luso
e do Bussaco.
É de dificuldade moderada, circular, com cerca de 13 Km de extensão. Independentemente da direção de tomada, os altos e os baixos são constantes e devidamente intervalos.
Mesmo para quem conhece uma grande maioria dos locais de passagem, há sempre um recanto desconhecido para visitar. Este percurso permite uma visão de 360 graus da Serra do Buçaco, cujos ângulos podem surpreender os visitantes.
É de dificuldade moderada, circular, com cerca de 13 Km de extensão. Independentemente da direção de tomada, os altos e os baixos são constantes e devidamente intervalos.
Mesmo para quem conhece uma grande maioria dos locais de passagem, há sempre um recanto desconhecido para visitar. Este percurso permite uma visão de 360 graus da Serra do Buçaco, cujos ângulos podem surpreender os visitantes.
Iniciámos junto à Fonte de São João, situada junto da capela de São João Evangelista, no centro da vila do Luso e que fornece aos caminheiros uma água de nascente excelente para matar a sede.
Percorremos algumas
ruas da Vila e depressa chegámos à Porta do Luso ou "dos Passarinhos" Construída, provavelmente, em 1890, com um pórtico com grades
em ferro, pilastras e cantarias, as armas Reais e as armas do Carmelo a encimar
a obra de arte e a definir a autoridade e a propriedade da
floresta.
Este moderno Portão para quem sobe do Luso, não a única entrada, mas sem dúvida a mais ornamentada e nobre, com uma ligação profunda à anterior Porta do Serpa.
Este moderno Portão para quem sobe do Luso, não a única entrada, mas sem dúvida a mais ornamentada e nobre, com uma ligação profunda à anterior Porta do Serpa.
Em frente, para lá
da estrada Luso-Penacova, situa-se o Chalé de Emídio Navarro.
Em seguida descemos
pela Rua Alto do Viso, com pequenas casas de habitação e comércios, até
entrarmos no Vale Da Ribeira.
É um local com surpresas a cada momento. desde os anfíbios da ribeira às fontes de água férrea, é um local de agricultura tradicional, onde os eucaliptos começam a ganhar terreno à floresta tradicional.
Atravessamos a
EN 325 e uma subida acentuada leva-nos até à Calçada dos
Frades.
A "Calçada dos
Frades" faz parte da "Estrada de Coimbra" que ligava esta cidade
à antiga portaria principal da Mata do Bussaco. Aqui também se pode observar o
empedrado antigo e os desgastes nas pedras causados pelos veículos de outrora.
Chegamos às Portas de Coimbra.
O seu nome explica-se por estarem voltadas para aquela cidade.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaVUskVKGdmNoQSzC0KV6kIQQYJoqZ3i4UTe_9A2Dc7p6-ejILV_FKKmr1uly4v2vF1FvwhppQepdlXbcElM56XJv7QoRlnMZGQltNTpvKDJsjhAvp5rZDnf9nZD5hqDInW1MSABNjFOs/s320/Bussacot+2019-9.jpg)
Construídas em 1630, esta era a porta principal da antiga cerca, onde se encontrava um padre porteiro que atendia as pessoas que lá chegassem.
Foram remodelada em
1831, ainda pelos carmelitas e, no ano de 1866 sofreram algumas reparações.
Continuamos por um
ingreme trilho, próximo dos muros da mata, onde ainda é visível os estragos da
passagem da tempestade Leslie, em 13 outubro de 2018, deixando um rasto de
árvores caídas e de caminhos cortados.
Após o grande esforço da subida vamos encontrar no planalto a antiga Porta do Telegrafo e depois a moderna
Porta da Cruz Alta.
Entramos assim na Estrada
Medieval que contorna os muros do Bussaco, onde ocorre uma mudança na
geologia que ocorre a partir deste ponto quando se inicia a descida da
montanha.
Entramos na
Floresta Mediterrânica. Um dos segredos bem guardados por esta singela
serrania. Cheio de medronheiros, azinheiros e castanheiros, tem cores diversas
ao longo de todo o ano. É uma zona do trajeto com maior dificuldade, mas
igualmente a que mais nos consegue surpreender.
Depois segue-se o
Bosque de Coníferas. Faz parte de um plano de florestação fora dos muros
do arboreto da famosa Mata do Bussaco. Possui uma beleza própria, envolta em
silêncio e no conforto da caruma fofa no solo. Um local de meditação e
mistério, ideal para procurar cogumelos no Outono ou abrigo do Sol no Verão.
Chegamos à Porta de
Sula. Das mais antigas portas do cenóbio carmelita esta entrada deve o seu nome á proximidade da aldeia de Sula e dava acesso ao Convento do lado
nascente, em
contraste com as Portas
de Coimbra do lado poente da Cerca.
Durante a batalha do
Bussaco os muros laterais foram rasgados até ao meio a fim de permitir uma melhor defesa e na esplanada á sua frente foi
construída uma
paliçada com troncos de carvalho mais um obstáculo á arremetida dos
franceses que chegando perto do local não conseguiram, no entanto, ultrapassar esta barreira.
Em 1875 a Porta foi restaurada,
mas nos dias de hoje o seu estado de abandono dá lugar ao
despreendimento e queda dos embrechados de pedra
negra e branca das fachadas
exteriores.
Avistamos o Monumento da Batalha do Bussaco, que marca
o ponto onde estava instalada uma das baterias de artilharia que defendiam a
estrada e de onde se pode avistar o posto de comando do exército atacante na
aldeia da Moura. Na altura das comemorações da batalha, todos os 27 de setembro,
há feira com compras e gastronomia, salvas de canhão e, por vezes, recreações
históricas.
Descemos até ao Museu Militar do Bussaco, por uma rua
com bonitas casas que já conheceram melhores dias.
Neste Museu está a documentação e equipamento que serve de
memorial à batalha. Outrora foi a Capela
de Nossa Senhora da Vitória, que serviu de hospital das tropas Anglo-lusas
durante a batalha de 1810.
Prosseguimos pela Estrada Florestal e depois pela Nacional
234, para chegar ao Moinho de Sula. Foi construído entre os séculos XVII/XVIII e do lugar que
ocupa tem-se uma excelente vista sobre todo o vale de Mortágua.
Foi neste moinho que o General inglês Crawford, em
1810, estabeleceu o seu posto de comando durante a Batalha do Buçaco. O espaço
onde o moinho se encontra implantado constitui-se como um miradouro que
proporciona óptimas vistas panorâmicas. Hoje em dia cobertas por uma mancha de
eucaliptos.
Da pouca ficção que existe acerca da Batalha do Bussaco, está o conto
de Júlio Dantas intitulado “O Moleiro de Sula”.
Seguimos por uma estrada
florestal até ao Moinho do
Felisberto.
Um miradouro Natural de onde se podem avistar, em simultâneo, os distritos de Aveiro e Viseu, bem como um ângulo diferente da Serra do Bussaco, do seu palácio e Cruza Alta. Corresponde igualmente a uma das posições militares que defendeu o Bussaco na célebre Batalha de 1810.
Um miradouro Natural de onde se podem avistar, em simultâneo, os distritos de Aveiro e Viseu, bem como um ângulo diferente da Serra do Bussaco, do seu palácio e Cruza Alta. Corresponde igualmente a uma das posições militares que defendeu o Bussaco na célebre Batalha de 1810.
Chegamos aos depósitos do Carbónico que possuem uma riqueza geológica assinalável.
A flora fóssil observável nestes depósitos expostos na Serra
do Buçaco permitiu a identificação de diversas espécies vegetais em que se
destacam os ptéridofitos das famílias Nevropterideae, Pecopterideae,
Lycopodiaceae.
Continuamos até à Aldeia do Salgueiral.
Famosa pelas suas minas de
carvão (entretanto desativadas), é uma pitoresca aldeia bem inserida na paisagem.
Os vales de produção agrícola anexos unem-se com os da Várzeas de uma forma
harmoniosa e sem quebras.
Ao longo do percurso avistamos algumas pegadas de Javalis ou
outros animais selvagens, que de acordo com as pessoas da localidade são fáceis
de avistar ao longo dos caminhos. Olhos atentos ou binóculos podem ajudar a
explorar a paisagem em busca de animais que por aqui habitam.
Entramos na Aldeia de Várzeas por um vale agrícola de
extrema beleza e simplicidade.
É referida bem antes da fundação de Portugal, em 1069, e é
provavelmente um dos agregados humanos mais antigos desta zona. A Paisagem é
igualmente dominada desde meados do Século XIX pelo viaduto Ferroviário da
Linha da Beira Alta: uma obra inicialmente projetada pelo gabinete de Eiffel e
remodelada, já no Século XX pela gigante alemã Krupps.
Após uma subida destacada entramos no Luso e depressa avistamos
o Cabeço dos Judeus. A toponímia parece querer indiciar que se trataria
de uma proto-judearia mas, não há neste momento outras fontes que o possam
provar. É um local soalheiro, com vistas privilegiadas sobre o Luso e o Bussaco.
Mais um pouco e estamos no Parque do Lago.
Um anfiteatro natural onde impera o verde das árvores e da
demais vegetação e em que os olhares convergem num espelho de água.
Devido às fortes chuvas ocorridas em abril de 2018, originou
a inesperada abertura de um buraco com cerca de oito metros de profundidade, que
danificou as condições de estabilidade do lago. A zona envolvente ao
lago está interdita devido às obras.
Passamos pelo Grande Hotel do Luso, que foi mandado construir
pela Sociedade da Água de Luso, quando o seu presidente era Bissaya Barreto. A
construção com projeto do arquiteto Cassiano Branco teve início em 1938 e foi
inaugurado em 27 de julho de 1940.
Regressamos ao ponto de partida junto às Termas do Luso.
São utilizadas pela clínica médica, quer em curas de diurese, quer no tratamento de afeções crónicas do aparelho reno-urinário ou ainda em doenças metabólicas-endócrinas - hipertensão arterial, hipercolesterolémia, diabetes e gota; afeções respiratórias crónicas-bronquite e asma; doenças reumáticas e musculo-esqueléticas e patologia dérmica.
São utilizadas pela clínica médica, quer em curas de diurese, quer no tratamento de afeções crónicas do aparelho reno-urinário ou ainda em doenças metabólicas-endócrinas - hipertensão arterial, hipercolesterolémia, diabetes e gota; afeções respiratórias crónicas-bronquite e asma; doenças reumáticas e musculo-esqueléticas e patologia dérmica.
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