As pessoas com baixo grau de auto-eficácia sentem-se inúteis, sem esperança, acreditam que não conseguem lidar com as situações que enfrentam e que têm poucas chances de mudá-las.
Diante de um problema, tendem a desistir na primeira tentativa frustrada.
Não acreditam que sua atitude faça alguma diferença nem que controlam e podem mudar o próprio destino.

De acordo com a alguma da revisão da literatura por nós efetuada e face à natureza da profissão docente enquanto trabalho de relação, foi-nos possível associar a incidência do fenómeno de burnout, com o clima escolar e a autoeficácia.


O conceito de autoeficácia é descrito por Bandura (1997) como o senso de autoestima, de adequação e capacidade para enfrentar os problemas. É a crença na aptidão docente para elaborar os métodos essenciais de modo a produzir nos alunos os rendimentos desejados, podendo influenciar o comportamento desses alunos e suas as realizações académicas.

Ainda de acordo com Bandura (1977) o comportamento e a mudança comportamental dependem das perceções de eficácia pessoal (crença sobre a sua competência) e de expectativas de resultado (crença sobre a sua influencia no meio).

Uma abordagem de Cherniss (1993) para o estudo da autoeficácia do professor sugere três domínios:

Ø  Tarefa (o nível de capacidade do professor em ensinar, disciplinar e motivar os alunos);

Ø  Relações (capacidade de trabalho do professor com os outros, em especial com os alunos, com os pares e supervisores);

Ø  Organização (capacidade do professor para influenciar os poderes sociais e políticos da organização).

O autor sustenta que este modelo tridimensional de autoeficácia do professor pode contribuir para a compreensão e prevenção do burnout docente. Baseando-se nestas três dimensões de autoeficácia docente, Friedman (2000) sugere medidas para lidar com as tensões de trabalho dos professores, destacando a necessidade de reforçar o seu sentimento de autoeficácia nessas três áreas. Este investigador ressalta que o mundo profissional dos professores é composto pela sala de aula e pelo domínio da escola, evidenciando o aspeto organizacional do trabalho e sua importância para o conceito de eficácia.

Assim, quer o clima quer a autoeficácia, são conceitos que podem ser trabalhados dentro da organização escolar, pelo facto de exercerem uma grande influência na conduta e nos sentimentos dos professores, influenciando o seu desempenho.

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